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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Módulos do CYPE

 

Os Diversos Módulos do CYPE

O software CYPE é uma referência consolidada na área da engenharia e arquitetura, oferecendo um vasto leque de módulos especializados que permitem o desenvolvimento de projetos completos, desde as infraestruturas urbanas até às instalações técnicas de edifícios. Neste artigo, vamos explorar os principais módulos do CYPE, destacando as suas funcionalidades e aplicações práticas em contexto profissional.

Módulos de Instalações Prediais

Os módulos dedicados às instalações prediais são dos mais utilizados pelos projetistas. Através do CYPEPLUMBING, CYPEHVAC e outros, é possível dimensionar, calcular e desenhar redes de abastecimento, drenagem, ventilação, climatização, eletricidade, telecomunicações, entre outras.

1. CYPEPLUMBING Water Systems

Permite o dimensionamento de redes de abastecimento de água fria e quente sanitária. O software considera perdas de carga, pressão mínima nos aparelhos e normas aplicáveis em Portugal, como o Regulamento Geral das Edificações Urbanas (RGEU).

2. CYPEPLUMBING Sanitary Systems

Este módulo trata do escoamento de águas residuais domésticas e pluviais. Inclui a modelação de caixas de visita, sifões e ventilação secundária, respeitando as distâncias máximas entre dispositivos.

3. CYPEHVAC

Abrange os sistemas de climatização, nomeadamente aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC). Permite definir condutas, unidades de tratamento de ar, radiadores, splits, entre outros. Está alinhado com a regulamentação térmica nacional (RECS e SCE).

4. CYPELEC

Composto por vários submódulos:

  • CYPELEC Core: base para os restantes módulos elétricos.

  • CYPELEC REBT: adequado para instalações elétricas de baixa tensão, com base no regulamento espanhol, mas adaptável à realidade portuguesa.

  • CYPELEC NF e CYPELEC RETIE: úteis para normas internacionais.

  • CYPELEC PV Systems: para dimensionamento de instalações fotovoltaicas.

  • CYPELEC Telecomunicações: permite a criação de projetos de ITED, incluindo a representação gráfica das redes e a contagem automática de dispositivos.

5. Open BIM SAI

Este módulo trata dos sistemas de alimentação ininterrupta (UPS), integrando-se com o projeto elétrico principal. É especialmente útil em edifícios com requisitos de continuidade de serviço, como hospitais ou data centers.


Módulos de Redes Urbanas

O CYPEURBAN é o núcleo dos módulos voltados para as infraestruturas urbanas, permitindo planear e dimensionar redes exteriores de abastecimento e drenagem.

1. CYPEURBAN Water Supply

Destinado à modelação e cálculo de redes públicas de abastecimento de água. É possível definir reservatórios, válvulas redutoras de pressão, bocas de incêndio e ramais domiciliários. Ideal para loteamentos ou novos empreendimentos urbanos.

2. CYPEURBAN Sewerage

Trata da drenagem de águas residuais e pluviais. Calcula caudais máximos, velocidades mínimas, inclinações e verifica o nível freático quando necessário. Permite gerar perfis longitudinais automaticamente, facilitando a aprovação camarária.

3. CYPEURBAN Gas Networks

Facilita o traçado de redes de gás natural a nível urbano, desde os ramais principais até aos contadores dos edifícios. Calcula pressões e garante o cumprimento das normas técnicas em vigor.


Outros Módulos Relevantes

1. CYPETHERM

Fundamental para projetos térmicos, análise energética e simulação de desempenho. Suporta cálculo de certificação energética segundo o SCE, com ligação direta ao Portal SCE da ADENE.

2. CYPEFIRE

Conjunto de ferramentas para dimensionamento de redes de incêndio (sprinklers, bocas-de-incêndio, extintores), compartimentação corta-fogo e rotas de evacuação. Compatível com normas como a EN 12845 e regulamentos portugueses de segurança contra incêndios.

3. Arquimedes e Geradores de Orçamentos

Módulo de gestão económica da obra. Permite gerar mapas de quantidades, orçamentos detalhados, cronogramas e relatórios com base nos elementos modelados em BIM.


Compatibilidade com Open BIM

Todos os módulos do CYPE funcionam em conjunto através da plataforma BIMserver.center, permitindo a colaboração entre engenheiros, arquitetos e projetistas em tempo real. A compatibilidade com IFC garante integração com outros softwares, como Revit, ArchiCAD ou Allplan.



O ecossistema do CYPE é vasto e está em constante evolução, acompanhando as exigências técnicas e legais do setor da construção. Dominar os seus módulos é um passo essencial para qualquer engenheiro ou projetista que pretenda oferecer projetos de qualidade, otimizados e conforme a legislação em vigor.

Se está a dar os primeiros passos ou procura aprofundar o seu conhecimento no CYPE, explore os módulos com foco no seu tipo de projeto e aproveite o potencial de interoperabilidade do BIM.




sábado, 12 de julho de 2025

CYPECAD

 O CYPECAD é, há décadas, um dos softwares mais utilizados por engenheiros civis em Portugal e no mundo para o dimensionamento e cálculo estrutural de edifícios. Desenvolvido pela empresa espanhola CYPE Ingenieros, o programa combina potência de cálculo, compatibilidade com normas internacionais (incluindo os Eurocódigos) e uma interface gráfica avançada, que o tornam essencial tanto em gabinete como em obra.

Neste artigo, mostramos tudo o que precisas de saber sobre o CYPECAD, desde as suas funcionalidades principais até às vantagens práticas para o engenheiro português.


 O que é o CYPECAD?

O CYPECAD é um programa destinado ao cálculo e dimensionamento de estruturas de betão armado e metálicas, especialmente vocacionado para edifícios. Permite modelar de forma intuitiva a geometria estrutural, inserir cargas de acordo com normas locais e obter todos os resultados necessários para a execução do projeto – desde os esforços internos até aos desenhos de armaduras.

É uma ferramenta fundamental para engenheiros projetistas, empresas de engenharia e estudantes avançados.


 Funcionalidades principais do CYPECAD

 Modelação de estruturas

  • Lajes, vigas, pilares, muros de suporte, fundações (sapatas, vigas de fundação, radier)

  • Elementos inclinados, varandas em balanço, caixas de escadas

  • Análise de edifícios com geometrias complexas

Cálculo estrutural

  • Análise linear e não linear (segundo ordem, efeitos de fluência, etc.)

  • Geração automática de combinações de ações conforme os Eurocódigos

  • Cálculo de ações de vento, sismo, sobrecargas e peso próprio

 Geração de resultados

  • Esforços internos (momentos, esforços axiais e transversos)

  • Deslocamentos e deformadas

  • Verificações de dimensionamento conforme a norma escolhida (ex: EN 1992-1-1)

  • Desenhos automáticos de armaduras, tabelas de quantidades, pormenores construtivos

 Compatibilidade com outros programas

  • Integração com o CYPE 3D (estruturas metálicas complexas)

  • Exportação para IFC, compatível com BIM (Building Information Modeling)

  • Compatível com o Revit, AutoCAD e outras ferramentas CAD


 CYPECAD e a legislação portuguesa

Uma das grandes vantagens do CYPECAD é a possibilidade de selecionar a norma de dimensionamento, incluindo:

  • Eurocódigo 0 (EN 1990) – Bases de projeto estrutural

  • Eurocódigo 1 (EN 1991) – Ações em estruturas

  • Eurocódigo 2 (EN 1992) – Betão armado

  • Eurocódigo 3 (EN 1993) – Estruturas metálicas

  • Eurocódigo 7 (EN 1997) – Geotecnia

  • Eurocódigo 8 (EN 1998) – Projeto sísmico

Para o contexto português, isto significa que o CYPECAD cumpre todas as exigências legais em vigor, sendo aceite por entidades licenciadoras e organismos como a Câmara Municipal, a Agência Portuguesa do Ambiente ou a Proteção Civil.


Tipos de estrutura que podes dimensionar

O CYPECAD permite calcular com precisão uma ampla gama de estruturas:

  • Edifícios de habitação ou comércio com lajes e vigas em betão

  • Blocos de apartamentos com cave e vários pisos

  • Garagens subterrâneas com muros de contenção

  • Estruturas mistas de betão e aço

  • Fundações com diferentes tipos de solo

  • Edifícios sujeitos a ação sísmica, especialmente relevante em zonas de risco como Lisboa ou Açores


Vantagens para o engenheiro civil

VantagemDescrição
AutomatizaçãoCálculo automático de combinações, armaduras e desenhos
PrecisãoResultados fiáveis e verificados segundo normas internacionais
RapidezModelação e dimensionamento ágil, com relatórios imediatos
Apresentação profissionalGeração de pranchas de pormenorização com qualidade de projeto
Integração com BIMCompatível com modelos digitais e coordenação multidisciplinar

 Formação e apoio técnico

O CYPECAD conta com formações regulares em Portugal, ministradas por empresas de software e ordens profissionais. Além disso, a CYPE oferece:

  • Tutoriais em vídeo

  • Manuais técnicos

  • Webinars gratuitos

  • Fóruns e apoio técnico online

É fácil encontrar recursos em português para resolver dúvidas e melhorar a utilização da ferramenta.


 Licenciamento e versões gratuitas

Embora o CYPECAD seja um software pago, existem opções de versões educacionais gratuitas para estudantes universitários, bem como licenças modulares, adaptadas ao tipo de estruturas que pretendes calcular.

🔍 Dica: Em Portugal, muitas empresas incluem o CYPECAD na rotina de projeto e o custo da licença é rapidamente amortizado pelo ganho de produtividade.


CYPECAD vs concorrência

SoftwareVantagens do CYPECAD
SAP2000CYPECAD é mais intuitivo e focado em edifícios
RobotCYPECAD tem melhor integração com Eurocódigos e BIM
TQSO CYPECAD tem mais suporte técnico em português europeu
ETABSO CYPECAD é mais leve e adaptado à realidade do mercado ibérico

🧾 Conclusão

O CYPECAD é uma ferramenta indispensável para qualquer engenheiro civil em Portugal que trabalhe com projetos de estruturas. A sua flexibilidade, conformidade normativa, qualidade gráfica e suporte técnico fazem dele uma escolha segura para projetos de pequena, média ou grande escala.

Se procuras um software robusto, compatível com os Eurocódigos, e que permita entregar projetos completos com qualidade profissional, o CYPECAD é a melhor escolha no mercado ibérico




Ftool: Programa Gratuito de Cálculo Estrutural

 

Se és estudante de engenharia civil, recém-licenciado ou profissional da área à procura de uma ferramenta prática e gratuita para análise estrutural, o Ftool é, sem dúvida, uma das melhores opções disponíveis. Neste artigo, exploramos o que é o Ftool, as suas funcionalidades, vantagens, e como o podes utilizar no teu dia a dia como engenheiro civil em Portugal.

O que é o Ftool?

O Ftool (Two-Dimensional Frame Analysis Tool) é um programa gratuito desenvolvido pelo Professor Luiz Fernando Martha, da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), destinado à análise bidimensional de estruturas. Com uma interface simples e intuitiva, o Ftool permite simular estruturas planas como pórticos, treliças e vigas contínuas, sendo amplamente utilizado em ambiente académico e profissional.


Principais Funcionalidades do Ftool

  • Análise linear estática de estruturas bidimensionais

  • Aplicação de diferentes tipos de carregamentos: forças concentradas, distribuídas, momentos e apoios deslocáveis

  • Visualização gráfica dos diagramas: esforços internos (cortante, momento flector, esforço axial), deslocamentos e deformadas

  • Modelação de materiais e secções transversais com propriedades personalizadas

  • Exportação de resultados em imagem e dados numéricos


 Para que serve o Ftool na prática?

O Ftool é ideal para:

  • Verificação rápida de estruturas durante o dimensionamento inicial

  • Estudo de comportamento estrutural em projetos simples ou académicos

  • Compreensão de conceitos teóricos de resistência de materiais e análise estrutural

  • Ensino e aprendizagem de engenharia civil, especialmente nas cadeiras de Estruturas, Estática ou Mecânica


 Como fazer o download do Ftool?

O Ftool é 100% gratuito e pode ser descarregado a partir do site oficial:

🔗 https://www.ftool.com

Está disponível para Windows, MacOS e Linux, o que o torna acessível a qualquer utilizador. O processo de instalação é simples e rápido.


📌 Vantagens do Ftool

  • Gratuito e leve – não requer grandes recursos do sistema

  • Simples de usar – ideal para quem está a iniciar em análise estrutural

  • Rápido para modelar e interpretar resultados

  • Ferramenta pedagógica por excelência, usada em várias universidades em Portugal e no Brasil


❗ Limitações a ter em conta

Apesar das suas qualidades, o Ftool apresenta algumas limitações:

  • Análise apenas bidimensional

  • Não faz dimensionamento estrutural segundo os Eurocódigos – é apenas uma ferramenta de verificação de esforços

  • Não considera efeitos de segunda ordem (P-Delta)

Por isso, o Ftool não substitui softwares profissionais como o SAP2000, Robot Structural Analysis ou CypeCAD, mas é excelente para análises rápidas e para o ensino.


Relembro que nenhum software substitui o cálculo a mão e não há nada como perceber o que o software faz, aconselho vivamente a fazer e programarem as vossas próprias ferramentas como folhas de excel

domingo, 6 de julho de 2025

Folhas de Dimensionamento de Águas Pluviais e Águas Residuais

 Boa tarde, tal como deixei as folhas de abastecimento irei partilhar as minhas folhas de excel pessoais de esgotos e águas pluviais, estas folhas para mim funcionam melhor que programas como o cype e durante toda a minha carreira tenho as utilizado, são bastante simples de entender.

Folhas de Dimensionamento de Águas Pluviais

Folhas de Dimensionamento de Águas Residuais


Ambas as folhas são para instalações de hidráulica prediais







sábado, 5 de julho de 2025

Folha de Dimensionamento de Abastecimento

 Boa tarde, deixo aqui a folha de cálculo de abastecimento , pode ser uma ferramenta interessante, confesso que no entanto utilizo mais o Cype Mep para o cálculo de instalações hidráulicas de abastecimento




sábado, 28 de junho de 2025

Ranking das Melhores Universidades Portuguesas para Estudar Engenharia (2025)

 Escolher onde estudar engenharia em Portugal é uma decisão crucial para qualquer futuro engenheiro. A qualidade do ensino, a reputação da universidade e a ligação ao mercado de trabalho são fatores que fazem toda a diferença. Com base em rankings internacionais recentes e indicadores nacionais, apresentamos-te o ranking das melhores universidades portuguesas para estudar engenharia em 2025.


1.Instituto Superior Técnico (IST) – Universidade de Lisboa

O IST continua a liderar como a melhor escola de engenharia em Portugal. Com campus em Lisboa e no Taguspark (Oeiras), oferece uma vasta gama de cursos em áreas como engenharia civil, mecânica, informática, aeroespacial e energia.

  • Ranking internacional: Entre os 150 melhores do mundo em engenharia (QS World University Rankings)

  • Pontos fortes: Investigação, ligação à indústria, empregabilidade

2.Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP)

A FEUP é uma das faculdades mais prestigiadas do país, especialmente nas áreas de engenharia civil, eletrotécnica e informática. Tem forte presença em rankings internacionais e uma grande rede de ex-alunos no mercado de trabalho.

  • Ranking internacional: Top 200 em várias áreas de engenharia

  • Pontos fortes: Inovação, internacionalização, instalações modernas

3. Universidade de Aveiro (UA)

A UA tem vindo a subir nos rankings graças à sua abordagem multidisciplinar e forte ligação à investigação. É especialmente reconhecida nas engenharias eletrónica, materiais e ambiente.

  • Ranking internacional: Em ascensão no THE e QS

  • Pontos fortes: Investigação aplicada, sustentabilidade, campus integrado

4. Universidade do Minho (UMinho)

Com polos em Braga e Guimarães, a UMinho tem reputação sólida em engenharia mecânica, têxtil, civil e biomédica. Colabora com diversas empresas industriais da região norte.

  • Ranking internacional: Boa posição em rankings regionais

  • Pontos fortes: Ligação à indústria, empregabilidade, ensino prático

5. Universidade de Coimbra (UC) – Departamento de Engenharia

A UC combina tradição com inovação. Oferece cursos de engenharia informática, civil, eletrotécnica e química, com destaque para projetos de investigação em parceria com centros tecnológicos.

  • Ranking internacional: Uma das mais antigas universidades da Europa em rankings de reputação

  • Pontos fortes: Património académico, investigação de excelência


Como Escolher a Melhor Universidade para Ti?

Além do ranking, deves considerar fatores como:

  • Localização e custo de vida

  • Especialização da área de engenharia

  • Estágios e saídas profissionais

  • Ambiente académico e projetos extracurriculares


Portugal tem excelentes opções para quem quer seguir uma carreira em engenharia. O IST e a FEUP lideram, mas universidades como Aveiro, Minho e Coimbra oferecem alternativas de grande qualidade. O mais importante é escolher a instituição que melhor se adapta ao teu perfil e objetivos profissionais.

Se gostaste deste artigo, partilha e acompanha o blogue Built Engineer para mais dicas sobre cursos, carreiras e inovação na engenharia em Portugal.






segunda-feira, 23 de junho de 2025

Melhores Calculadoras para estudantes de Engenharia em Portugal

 

As Melhores Calculadoras Científicas e Gráficas para Estudantes de Engenharia Civil em Portugal

Escolher a calculadora certa pode fazer uma grande diferença no percurso académico de um estudante de Engenharia Civil. Seja para resolver sistemas de equações, calcular integrais ou analisar dados estatísticos, a ferramenta certa poupa tempo e reduz erros. Neste artigo, exploramos as melhores calculadoras científicas e gráficas disponíveis em Portugal, ideais para acompanhar os estudantes durante a licenciatura e até ao mestrado.

1. Casio fx-991EX Classwiz – A favorita das universidades

A Casio fx-991EX é a calculadora científica mais recomendada nas instituições de ensino superior em Portugal. Entre os seus pontos fortes:

  • Ecrã de alta resolução com exibição natural das expressões matemáticas;

  • Função de resolução de equações lineares e quadráticas;

  • Cálculo de determinantes e matrizes até 4x4;

  • Código QR para visualização de gráficos no telemóvel via app.

É permitida nos exames nacionais e universitários por não ter capacidade de programação, sendo ideal para quem precisa de uma ferramenta potente mas aprovada.




    Posso afirmar que ainda utilizo esta calculadora no meu dia a dia, como engenheiro civil e foi uma calculadora bastante útil em disciplinas em que nao era possivel levar a calculadora gráfica ou programavél, noto que esta calculadora permitia fazer matrizes e multiplicação de matrizes simples

2. Texas Instruments TI-36X Pro – Precisa e robusta


Outra excelente opção científica é a TI-36X Pro, muito popular entre estudantes de engenharia nos EUA e gradualmente a ganhar espaço em Portugal. Destaca-se por:

  • Cálculo simbólico limitado (resolução de expressões com variáveis);

  • Modo de cálculo vetorial e estatístico;

  • Bom desempenho em ambientes técnicos com exigência de precisão.

Apesar de menos comum nas lojas portuguesas, é uma excelente escolha para quem procura algo alternativo à Casio.



3. Casio fx-CG50 – Potência gráfica com excelente relação qualidade/preço

Para quem precisa de gráficos em 2D e 3D, especialmente em disciplinas como Análise Matemática, Física ou Geotecnia, a fx-CG50 é uma referência:

  • Ecrã a cores de alta resolução;

  • Gráficos em três dimensões;

  • Programa de cálculo de curvas, funções paramétricas e estatísticas;

  • Possibilidade de programação em Python.

Apesar de ser uma calculadora gráfica, em muitos casos é permitida em avaliações universitárias, desde que a capacidade de programação esteja desativada ou sob supervisão.



4. Texas Instruments TI-Nspire CX II-T – A escolha para utilizadores avançados

Esta é uma das calculadoras gráficas mais completas no mercado europeu. A TI-Nspire CX II-T é indicada para estudantes que querem ir mais longe:

  • Sistema de cálculo algébrico computacional (CAS);

  • Programação avançada com Lua e Python;

  • Interface gráfica semelhante a software profissional;

  • Ideal para disciplinas como Estruturas, Hidráulica, Cálculo Numérico, etc.

Nota: nem sempre é permitida em exames, por isso deve ser usada com precaução conforme os regulamentos da sua instituição.



A meu ver é a calculadora mais completa, também usei bastante a texas TI-200 que entretanto deixou de ser utilizada

sábado, 14 de junho de 2025

Projeto de Vias em Civil 3D

 Boa tarde , deixo aqui um excelente video de como fazer um projeto de vias ródoviaria em Autodesk Civil 3D do zero!

Video



sábado, 3 de maio de 2025

Formulas da Estática

 Fórmulas Clássicas de Momento Fletor


  • Viga simplesmente apoiada com carga uniformemente distribuída (c.u.d.) em todo o vão:

    Mmaˊx=pL28M_{\text{máx}} = \frac{pL^2}{8}

    Onde:

    • pp: intensidade da carga distribuída (kN/m)

    • LL: comprimento do vão da viga (m)

  • Viga simplesmente apoiada com carga pontual PP no centro:

    Mmaˊx=PL4M_{\text{máx}} = \frac{PL}{4}
  • Viga em balanço (engastada em uma extremidade) com carga uniformemente distribuída em todo o vão:

    Mmaˊx=pL22M_{\text{máx}} = \frac{pL^2}{2}

    Viga em balanço com carga pontual P na extremidade livre:

    Mmaˊx=PL

    sábado, 18 de janeiro de 2025

    Projetos de Gás - Redes de Utilização (Parte 1)

     

    Redes de Utilização

    Pressão de Serviço : inferior a 1,5 bar


    Média Pressão : GPL : 1500 mbar Portgás : 300 mbar

     Restantes Concessionárias: 100 mbar Baixa Pressão : GPL : 37 mbar 

     Gás Natural : 21 mbar


     Portaria 361/98 de 26 de Junho, alterada pela Portaria 690/2001 de 10 de Julho

    Decreto-Lei n.º 97/2017 de 10 de agosto com as alterações introduzidas pela Lei n.º 59/2018 de 21 de agosto


    Artigo 1º - Conteúdo 

    1 - O presente Regulamento estabelece as condições técnicas a que devem obedecer o projeto, a construção e a exploração das instalações de gás combustível canalizado em edifícios habitados, ocupados ou que recebam público e respetivos anexos, desde que a potência instalada, por fogo ou local de consumo, não ultrapasse 70 kW.

    Artigo 2º - Definições


    Acessibilidade de grau 1 - situação em que o acesso a um dispositivo pode fazer-se sem dispor de escadas nem de meios mecânicos especiais; 

      Acessibilidade de grau 2 - situação em que o acesso a um dispositivo dispensa escadas, mas não meios mecânicos especiais; 

      Acessibilidade de grau 3 - situação em que o acesso a um dispositivo só é possível utilizando escadas e meios mecânicos especiais; 

    Alimentação em baixa pressão - sistema de alimentação de instalações de gás a uma pressão não superior a 50 mbar; 

    Alvéolo técnico de gás - local existente num edifício, com acessibilidade de grau 1, afeto, a título exclusivo, ao alojamento de baterias de contadores, redutores com dispositivo de segurança incorporado e dispositivos de corte, incluindo as tubagens correspondentes; 

     Alvéolo sanitário- local existente num edifício, coletivo, comunicante com os locais de uso comum e afeto, a título exclusivo, a utilizações sanitárias; 

     Anexo- dependência do edifício destinada a funções complementares do mesmo; 

    Aparelho a gás- aparelho que utiliza gás como combustível, podendo ser do tipo termodoméstico ou Termo industrial, para a confeção de alimentos, para produção de água quente, para aquecimento ou para outros fins

    Bloco inversor - dispositivo semiautomático de utilização seletiva de baterias de garrafas de gás que assegura a entrada automática em serviço das garrafas de reserva quando as de serviço estão vazias e permite, por atuação manual, inverter o sistema automático;

     Brasagem forte - processo de ligação sem fusão do metal de base executado com metal de adição cuja temperatura de fusão é igual ou superior a 450ºC

     Canalete ou calha técnica- elemento destinado a assegurar a proteção mecânica da tubagem

    Cave- dependências de um edifício cujo pavimento esteja a um nível inferior ao da soleira da porta de saída para o exterior do edifício e ainda as que, embora situadas a um nível superior ao da referida soleira, contenham zonas com pavimentos rebaixados ou desnivelados, não permitindo uma continuidade livre e natural do escoamento de eventuais fugas de gás para o exterior, não se considerando como exterior pátios ou saguões interiores;

     Classe de resistência ao fogo - classificação dada aos elementos estruturais ou de compartimentação, de acordo com o Regulamento de Segurança contra Incêndios em Edifícios; 

    Coluna montante - conjunto, usualmente vertical, de tubagens e acessórios, ligado ao ramal ou conduta do edifício, geralmente instalado nas partes de uso comum do mesmo, que permite o abastecimento de gás aos diferentes pisos do edifício; 

    Conduta do edifício - conjunto de tubagens e acessórios que interliga o dispositivo de corte geral ao edifício às colunas montantes; 

    Contador de gás - dispositivo destinado a medir o volume de gás que o atravessa;

     Conversão- operação que consiste em dotar com uma instalação de gás os edifícios já existentes;

     Derivação de fogo- conjunto de tubagens e acessórios que interliga a derivação de piso ou a própria coluna montante à instalação do consumidor; 

    Derivação de piso- conjunto de tubagens e acessórios, em geral com desenvolvimento horizontal, ligado à coluna montante, que alimenta as derivações de fogo situadas no mesmo piso do edifício; 

     Dispositivo de corte- acessório da instalação, também designado por válvula de corte, que permite interromper o fluxo de gás numa tubagem

     Dispositivo de corte rápido com encravamento- acessório da instalação que permite interromper o fluxo de gás, só podendo ser rearmado pela concessionária ou pela entidade exploradora; 

    Edifício de grande altura- edifício, classificado pelo Regulamento de Segurança contra Incêndios de altura igual ou superior a 28 m, definidos pela diferença entre a cota do último piso coberto suscetível de ocupação e a cota da via de acesso ao edifício, no local, de cota mais elevada, donde seja possível aos bombeiros lançar eficazmente para todo o edifício operações de salvamento de pessoas e de combate a incêndios

    Edifício habitado - local destinado a servir de alojamento ou residência de pessoas; 

    Edifício ocupado - local destinado ao exercício de atividades profissionais, comerciais ou industriais, nomeadamente escritórios, armazéns e lojas; 

    Edifício que recebe público - local onde se exerce qualquer atividade destinada exclusivamente ao público em geral ou a determinados grupos de pessoas, nomeadamente escolas, museus, teatros, cinemas, hotéis, centros comerciais, supermercados e terminais de passageiros de transportes públicos

    Fogo-habitação unifamiliar, em edifício, isolado ou coletivo; 

    Fogo nu- objeto ou aparelho que possa ser sede de chamas, faíscas ou fagulhas, pontos quentes ou outras fontes suscetíveis de provocarem a inflamação de misturas de ar com vapores provenientes de combustíveis; 

    Instalação de baixa pressão- a instalação de gás cuja pressão de serviço não excede 50 mbar; 

     Instalação de fogo- troço da instalação de gás no interior de um fogo ou de um local de consumo;

     Instalação de gás- sistema instalado num edifício, constituído pelo conjunto de tubagens, acessórios, equipamentos e aparelhos de medida, que assegura a distribuição de gás desde o dispositivo de corte geral do edifício, inclusive, até às válvulas de corte dos aparelhos de gás, inclusive; 

    Instalação de média pressão- a instalação de gás cuja pressão de serviço está compreendida entre 50 mbar e 1,5 bar; 

    Limitador de pressão- dispositivo, situado a jusante de um andar de redução da pressão, destinado a evitar que, à sua saída, a pressão exceda um valor prefixado;

    Local de consumo - local existente num edifício, ocupado ou que recebe público, equipado com uma instalação de gás; 

    Local técnico - local existente num edifício comunicante com o exterior ou com os locais de uso comum e afeto, a título exclusivo, à instalação de aparelhos individuais de produção de água quente sanitária ou para aquecimento central, bem como às tubagens de alimentação do gás, condutas de entrada de ar ou de evacuação dos produtos de combustão; 

     Redutor de segurança- redutor com dispositivo de segurança incorporado que, automaticamente, provoca a interrupção do fluxo de gás sempre que se verifique pelo menos uma das seguintes condições:

     a) A pressão a montante seja inferior ou exceda uma certa percentagem do seu valor nominal; • b) Apressão a jusante não atinja (por excesso de caudal) ou exceda valores prefixados; 

    Reconversão- operação de adaptação de instalações de gás já existentes de uma família de gases para outra; 

    Regulador ou redutor de pressão- dispositivo que permite reduzir a pressão de entrada do gás, compreendida entre valores determinados, regulando-a para uma pressão a jusante prefixada

    Resistência ao fogo - indicador que caracteriza o comportamento dos elementos estruturais ou de compartimentação dos edifícios face ao fogo; 

    Soldo brasagem - operação que consiste em depositar uma liga de brasagem forte numa junta utilizando uma técnica semelhante àquela usada em soldadura; 

    Tubagem à vista - tubagem visível em toda a sua extensão fixada a uma parede por elementos de suporte;

    Tubagem embebida - tubagem inserida no interior de uma parede, pavimento ou teto de um edifício; 

    Artigo 3º - Caracterização dos limites das instalações As instalações de gás são limitadas: a) A montante, pelo dispositivo de corte geral ao edifício, inclusive; b) A jusante, pelas válvulas de corte aos aparelhos a gás, inclusive

    Tipos de Tubo:

    Aço -os tubos de aço devem obedecer aos requisitos da norma EN-10 208-1 ou de outra tecnicamente equivalente, não sendo, porém, admitido o uso de tubos das séries ligeiras I e II; 

    Cobre - os tubos de cobre devem obedecer aos requisitos da norma NP EN 1057 ou de outra tecnicamente equivalente e devem dispor de um revestimento exterior, no caso dos troços embebidos ;

     Alumínio - É interdito o uso dos tubos de alumínio em instalações de gás.

     Chumbo- É interdito o uso dos tubos de chumbo em instalações de gás. Só é admissível a utilização de tubos de chumbo conformes com a norma NP-1639 ou com outra tecnicamente equivalente nos casos de pequenas reparações de instalações de tubo de chumbo, alimentadas com gases das primeira e segunda famílias, já em serviço à data da publicação do presente Regulamento, desde que ensaiadas.

     Polietileno– Só é permitida a sua utilização nos exterior das edificações, devem estar de acordo com a norma NP EN 1555 e instaladas de acordo com o definido na portaria 386/94

    Artigo 16º - Implantação das Tubagens 

     O traçado das tubagens, a implantar ao longo das paredes, deve ser retilíneo, na horizontal ou na vertical. Podem existir tubagens dos gases menos densos do que o ar em caves, desde que se encontre assegurada a eficiência da sua ventilação, da descarga dos produtos da combustão e das ligações dos aparelhos a gás.


    As tubagens de gás não devem atravessar: 

     a)Locais que contenham reservatórios de combustíveis líquidos, depósitos de combustíveis sólidos ou recipientes de gases de petróleo liquefeitos; 


    b) Condutas de lixos domésticos e alvéolos sanitários;

     c) Condutas diversas, nomeadamente de eletricidade, água, telefone e correio;

    d) Caixas de elevadores ou monta-cargas;

    e) Casas das máquinas de elevadores ou de monta-cargas; 

    f) Cabinas de transformadores ou de quadros elétricos;

    g) Espaços vazios das paredes duplas, salvo se no atravessamento a tubagem for protegida por uma manga sem soluções de continuidade, cujos extremos sejam complanares com a parede, sendo o espaço anelar entre a tubagem e a manga preenchido com uma matéria isolante e não higroscópica

    h) Parques de estacionamento cobertos;

     i) Outros locais com perigo de incêndio.



    As restrições impostas anteriormente não são aplicáveis se as tubagens de gás ficarem contidas numa manga metálica contínua, estanque, cujas extremidades se encontrem em espaços livremente ventilados, de modo que eventuais fugas de gás sejam conduzidas até aos extremos da manga, os quais devem descarregar essas fugas de modo a não constituírem perigo.

     O atravessamento de alvéolos técnicos de gás ou sanitários deve obedecer aos requisitos mencionados anteriormente.

    Nos troços horizontais as tubagens devem cumprir os afastamentos a outras tubagens, cabos elétricos ou similares, correspondentes às diversas modalidades de instalação das mesmas

    As tubagens de gás podem ser implantadas entre os tetos falsos e os tetos, se forem simultaneamente cumpridos os seguintes requisitos:

    a) Os tetos falsos disponham de superfície aberta suficiente, de forma a impedir a acumulação de gás

     b) As distâncias mínimas entre tubagens de gás e as outras sejam de 3 cm em percursos paralelos ou de 2 cm nos cruzamentos;

    c) O espaço entre o teto e o teto falso seja visitável em todo o percurso da tubagem. As tubagens de gás quando colocadas em parques de estacionamento, coletivos e cobertos, devem ficar protegidas de eventuais impactes acidentais resultantes de manobras inadvertidas de veículos, através da colocação de proteções metálicas adequadamente resistentes que impeçam o contacto de veículos com as mesmas.







    sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

    Projetos de Gás - Rede Secundária

     Legislação


    Como sempre começamos pelo regulamentos


     Pressão de Serviço : 4 bar Portaria 386/94 de 16 de Junho com alterações introduzidas pela portaria 690/2001 de 10 de Julho.

    Artigo 1º -Conteúdo 1 -O presente Regulamento estabelece as condições técnicas a que devem obedecer o projeto, a construção, a exploração e a manutenção das redes de distribuição de gases combustíveis cuja pressão de serviço não exceda 4bar.

     3 - São partes integrantes das redes de distribuição as tubagens enterradas, comummente designadas «ramais de edifício», ou «ramais de imóvel», que, partindo da tubagem principal da rede de distribuição, alimentam os edifícios, indo até à válvula de corte ao edifício, também designada «dispositivo de corte geral ao imóvel». 4 - Se na área de uma concessão de distribuição também existirem troços cuja pressão de serviço exceda 4bar, ser-lhes-ão aplicáveis as disposições constantes da portaria que regulamenta o projecto, a construção, a exploração e a manutenção de gasodutos de transporte de gases combustíveis




    Artigo 3º - 
    Pressões 
     1 - As pressões referidas no presente Regulamento, sem qualquer outra indicação, são pressões relativas. 

     2 - Todas as tubagens, acessórios e válvulas devem ser previstos para pressão de serviço máxima de 4 bar.

    Artigo 4º- Limitação da pressão de serviço 
     1 - A pressão de serviço máxima definida no artigo 3.º não deve ser excedida, salvo na situação prevista no n.º 4 do artigo 1.º 

     2 - Para cumprimento do estabelecido no número anterior, devem ser usados dispositivos devidamente aprovados. 

     3 - Para além dos postos de redução da pressão, devem ser instalados dispositivos de segurança que atuem sempre que a pressão efetiva na tubagem a jusante ultrapasse em mais de 10% o valor da pressão de serviço máxima.

    4 - O disposto nos números anteriores não é aplicável às redes alimentadas com gases das 1.ª e 3.ª famílias.


    Artigo 5º- Materiais Constituintes da Rede

     1 - Todos os componentes devem ser fabricados com materiais que garantam condições de funcionamento e segurança adequadas à sua utilização e que obedeçam aos requisitos das normas aplicáveis. 
     2 - Devem ser tidas em conta as solicitações mecânicas possíveis e os efeitos químicos, internos e externos, sempre que haja ligação de tubagens de diferentes materiais. 
     3 - Os materiais admitidos para a execução das redes de distribuição são: a) Tubos de aço, conforme a norma NP EN 10208-1 ; b) Tubos de cobre conformes com a NP EN -1057; c) Tubos de polietileno, conforme a norma EN 1555. 

    Artigo 6º Seccionamento das tubagens

    1 - As redes devem possuir dispositivo de corte, designadamente nas derivações importantes, por forma a permitir isolar grupos de 200 consumidores ou troços de tubagem de comprimento não superior a 2 km. 2 - Devem ser instalados órgãos de seccionamento: a) Em tubagens apoiadas em pontes, nos acessos a estas; b) No atravessamento de linhas rodoviárias e ferroviárias, a montante e a jusante do atravessamento; c) Na entrada e na saída dos equipamentos de redução de pressão, a uma distância compreendida entre 5 m e 10 m 
    3 - Nas passagens em pontes de vão superior a 300 m, os dispositivos de corte devem ser do tipo de corte automático. 4 - Os dispositivos de corte devem ser facilmente acessíveis e manobráveis

    Artigo 7º Representação Cartográfica da Rede

    1 - As tubagens devem ser representadas cartograficamente, em escala adequada, com a indicação: a) Do seu posicionamento em projeção horizontal, mencionando a profundidade de enterramento; b) Das características da tubagem, designadamente quanto a diâmetro e material; c) Dos acessórios, nomeadamente válvulas e juntas dielétricas, e da respetiva posição; d) De eventuais pormenores relativos a obras especiais. 2 - O disposto no número anterior não é aplicável às redes alimentadas com gases da 3.


    Artigo 8º - Sinalização das tubagens enterradas

     1 - Deve ser colocada, 0,30 m acima da geratriz superior da tubagem, uma banda avisadora de cor amarela contendo os termos «ATENÇÃO - GÁS», bem visíveis e indeléveis, inscritos a intervalos não superiores a 1 m.

    2 - Os acessórios importantes para a exploração e manutenção da rede, nomeadamente as válvulas de corte e as juntas dielétricas, devem ser assinalados por placas indicadoras colocadas na sua vizinhança imediata, em posição com eles facilmente relacionável.




    Artigo 13º - Tubagem de Aço - Soldadura

     1 - As soldaduras nos tubos de aço devem ser executadas, em conformidade com procedimentos certificados, por soldadores devidamente qualificados, nos termos do disposto no artigo 10.º do anexo I ao Decreto-Lei n.º 263/89, de 17 de Agosto.

    2 - Os procedimentos de soldadura, o controlo visual e os ensaios, destrutivos e não destrutivos, relativos à qualidade das soldaduras devem satisfazer os requisitos de códigos aceites pela Direcção-Geral de Energia.

     3 - As soldaduras devem ser controladas por exames radiográficos ou por outros meios não destrutivos.

    4 - Quando o código de soldadura não especificar de modo diferente, deve fazer-se o exame de: a) 10% das soldaduras, selecionadas aleatoriamente, nas tubagens enterradas; b) Até 100% das soldaduras, nas tubagens aéreas ou instaladas em galerias ou mangas.

    5 - A interpretação dos resultados dos exames realizados ao abrigo do número anterior deve ser feita por um técnico especializado.

    6 - No caso de tubagens de diâmetro exterior igual ou inferior a 60,3 mm, os controlos referidos no n.º 3 devem ser substituídos pelo exame visual e controlo da estanquidade com solução espumífera em todas as soldaduras.

    7 - O metal de adição a utilizar nas soldaduras deve ser compatível com as características do aço dos tubos a soldar

    8 - Os tubos de aço com costura longitudinal ou helicoidal devem ser ligados entre si por forma que as respetivas soldaduras fiquem desfasadas.

     9 - As soldaduras topo a topo devem ser executadas com os topos dos tubos devidamente chanfrados.

    Artigo 16º - Tubagem de Polietileno

     1 - Os tubos de polietileno a utilizar na construção das redes de distribuição devem ser fabricados com resinas derivadas da polimerização do etileno, devidamente estabilizadas.

     2 - As características físicas e dimensionais, os ensaios e os controlos de produção devem satisfazer os requisitos das normas a que se refere o artigo 41.º 

    3 - Devem ser utilizados tubos com espessura nominal não inferior à definida pela série SDR 11, se a resina for do tipo PE 80, e da série SDR 17,6, se a resina for do tipo PE 100, ou de outras séries tecnicamente equivalentes.

     4 - Para os diâmetros exteriores iguais ou inferiores a 32 mm, a espessura mínima deve ser igual ou superior a 3 mm.

    5 - Os tubos devem ser transportados e armazenados de modo a impedir a entrada de matérias estranhas e ser protegidos da ação dos agentes atmosféricos.

    Artigo 18º - Tubagem de Polietileno– Acessórios

    1 - As curvas, uniões e outros acessórios para a construção de redes devem ser de polietileno e compatíveis com as pressões de serviço previstas na tubagem em que são instalados.

    2 - As resinas usadas no fabrico dos acessórios devem ser compatíveis, do ponto de vista da soldabilidade, com o material dos tubos, o que será declarado pelo respetivo fabricante.

    3 - As mudanças de direção devem ser executadas, quer com o auxílio de acessórios, quer por dobragem a frio dos tubos, com raios de curvatura mínimos iguais a 30 vezes o diâmetro externo dos tubos.

    3 - É permitida a utilização de acessórios compostos, fabricados em estaleiro ou oficina a partir de elementos simples soldados topo a topo, desde que aqueles sejam previamente ensaiados por entidade reconhecida pela Direcção-Geral de Energia, sendo obrigatório que na sua inserção na rede se utilize o método de eletrossoldadura, quando se trate de diâmetros inferiores a 90 mm.

    4 - As ligações por juntas flangeadas e por juntas mecânicas devem ser limitadas ao mínimo imprescindível. 

    4 - Os acessórios devem ser de modelo oficialmente aprovado

    5 - As válvulas e outros acessórios devem satisfazer os requisitos estabelecidos no artigo 5.º 

    Artigo 20º - Tubagem de Polietileno– Ligações, Uniões e Acessórios

     1 - Não são permitidas ligações roscadas. 

    2 - São admissíveis os seguintes métodos de ligação:
     
    a) Em tubos de diâmetro igual ou superior a 90 mm, soldadura topo a topo, com o auxílio de um elemento de aquecimento; b) Acessórios eletrossoldáveis com resistência elétrica incorporada; c) Flanges, que devem ser da classe PN 10, devendo a junta utilizada ser de qualidade aprovada.

    3 - É permitida a utilização de acessórios compostos, fabricados em estaleiro ou oficina a partir de elementos simples soldados topo a topo, desde que aqueles sejam previamente ensaiados por entidade reconhecida pela Direcção-Geral de Energia, sendo obrigatório que na sua inserção na rede se utilize o método de electrossoldadura, quando se trate de diâmetros inferiores a 90 mm.

    4 - As ligações por juntas flangeadas e por juntas mecânicas devem ser limitadas ao mínimo imprescindível.

    Artigo 23º - Abertura de Valas

    1 - A profundidade das valas depende das condições locais, do tráfego, do diâmetro da tubagem a instalar e do material utilizado.

    2 - O recobrimento da tubagem deve ser, no mínimo, de 0,6 m. 

    3 - O fundo das valas deve ser regularizado, com eliminação de qualquer saliência de rochas, pedras ou outros materiais que possam causar danos na tubagem ou no seu revestimento, quando exista

     4 - No caso de o gás distribuído poder originar condensados, o fundo da vala deve apresentar uma inclinação mínima de 2 por 1000, no sentido do dispositivo de recolha dos condensados. 

    5 - Em casos excecionais, a tubagem pode ser instalada a uma profundidade menor do que a indicada no n.º 2, desde que não colida com outras tubagens e fique adequadamente protegida contra cargas excessivas, nomeadamente pelo recurso à sua instalação no interior de uma manga de proteção, de modo a garantir condições de segurança equivalentes às de um enterramento normal.

    6 - O espaço anelar entre as mangas ou caleiras e as tubagens deve ser convenientemente ventilado, de modo que eventuais fugas de gás sejam conduzidas até aos extremos da manga, os quais devem descarregar essas fugas por forma a não constituírem perigo.

    7 - No caso de mangas de proteção metálicas, devem estas ser protegidas: a) Contra a corrosão, interna e externamente; b) Com isolamento elétrico, em relação à tubagem que envolvem; c) Com proteção catódica, sempre que necessário. 


    Artigo 25º - Tubagens de Gás na vizinhança de outras tubagens



     1 - A distância entre as geratrizes das tubagens de gás e as de quaisquer outras, quer em percursos paralelos quer nos cruzamentos, não pode ser inferior a 0,2 m.

     2 - Quando não for possível respeitar a distância referida no número anterior, devem as tubagens ficar separadas entre si por um dispositivo adequado.


     3 - A distância entre as geratrizes das tubagens de gás e as dos cabos elétricos, telefónicos e similares, quer em percursos paralelos quer em cruzamentos, também não pode ser inferior a 0,2 m, com exceção das ligações à terra.

    4 - Nos troços em que não for possível respeitar a distância mínima mencionada no número anterior, deve a tubagem de gás ter uma manga eletricamente isolante, de fibrocimento, betão ou outros materiais não combustíveis, cujas extremidades distem, pelo menos, 0,2 m dos cabos elétricos, telefónicos e similares.

    5 - A distância mínima entre as geratrizes das tubagens de gás e as das tubagens de redes de esgotos, quer em percursos paralelos quer nos cruzamentos, não deve ser inferior a 0,5 m. 


    6 - Nos troços em que não for possível respeitar esta distância, a tubagem de gás deve ser envolvida por uma manga cujas extremidades distem, pelo menos, 0,5 m da rede do esgoto.


    7 - A posição relativa das tubagens de gás e de outras tubagens deve ter em conta a densidade do gás.

    8 - Nos cruzamentos ou traçados paralelos de tubagens de polietileno com condutas transportadoras de calor devem ter-se em conta a distância e o isolamento necessários para que a temperatura da tubagem de gás nunca ultrapasse os 20ºC




    Artigo 27º - Ensaios em Obra


    1 - Todas as tubagens, antes de entrarem em serviço, devem ser submetidas, em todo o seu comprimento, de uma só vez ou por troços, aos ensaios estabelecidos neste capítulo.

     2 - O ensaio dos troços de tubagem a colocar dentro de mangas de proteção deve ser feito separadamente, com o tubo fora destas, antes da montagem no local.

     3 - As verificações previstas no número anterior não dispensa o ensaio final do conjunto da rede.

    Artigo 28º - Fluidos de Ensaio


    Os fluidos de ensaio admissíveis são o ar, o azoto ou o gás distribuído na rede, tomando as medidas de segurança necessárias

    Artigo 29º - Pressões de Ensaio

    A pressão de ensaio deve ser, no mínimo, 1,5 vezes a pressão de serviço da tubagem, mas nunca inferior a 1 bar

    Artigo 30º - Execução do Ensaio

     1 - Deve proceder-se à medição contínua das pressões e temperaturas durante os ensaios, com o auxílio de aparelhos registadores e de um indicador de pressão calibrado, para as leituras inicial e final

     2 - Os valores das pressões devem ser corrigidos tendo em conta as variações das temperaturas do fluido utilizado nos ensaios, da parede do tubo, do terreno ou do ambiente e, no caso dos tubos de polietileno, do comportamento elástico do material

     3 - Os ensaios só podem começar após ter sido atingido o equilíbrio de temperaturas, o que exige um período de condicionamento prévio, nos termos estabelecidos no artigo 31.º

    4 - Os instrumentos de medida devem dispor de certificado de calibração válido e ter a incerteza máxima de 0,5%.

    5 - Quando os troços a ensaiar tiverem um comprimento inferior a 500 m, o ensaio pode ser realizado com o gás distribuído, à pressão de serviço, desde que se faça a verificação da estanquidade de todas as juntas desse troço com o auxílio de um produto espumífero, sendo dispensável o cumprimento das disposições relativas à correcção das pressões em função da temperatura.

    Artigo 31º - Resultado do Ensaio

     1 - O resultado é considerado satisfatório se, após a estabilização das condições de ensaio, a pressão se mantiver constante nas seis horas seguintes, com eventual correção face às variações da temperatura.

    2 - No caso de troços não enterrados, de reduzido comprimento, com equipamentos e dispositivos de corte ou similares, os ensaios podem ter a sua duração reduzida a um mínimo de quatro horas e ser executados antes da sua colocação em obra

    Artigo 34º - Entrada em Serviço

     1 - Antes de o gás ser introduzido na tubagem dever-se-á verificar se todas as saídas desta estão fechadas ou obturadas e se os orifícios de purga se encontram abertos e protegidos com dispositivos anti-retorno de chama. 

    2 - A purga deve fazer-se através de um tubo vertical cuja boca de saída esteja, pelo menos, 2 m acima do solo, da porta ou da janela mais próxima

     3 - Não deve existir qualquer fonte de ignição ou chama na vizinhança dos orifícios de purga. 

    4 - A distância entre orifícios de purga e linhas aéreas de transporte de energia eléctrica de tensão superior a 380 V deve ser igual à altura que vai do ponto mais próximo do cabo eléctrico à sua projecção vertical no solo. 

    5 - A tubagem deve ser totalmente purgada do ar contido, não devendo a velocidade do fluxo de purga no interior da tubagem exceder 12 m/s.

     6 - Sempre que o volume interno da tubagem exceda 1 m3, deve intercalar-se um «tampão» de azoto entre o ar a purgar e o gás a introduzir. 

     7 - O fim da purga deve ser verificado quer por queima do gás quer por medições com aparelhagem adequada. 

     8 - Antes de se proceder à ligação definitiva da tubagem à rede existente, deve ser realizado um ensaio de queima do gás da referida tubagem, com a duração suficiente para assegurar a homogeneidade e estabilidade da chama. 

     9 - Antes de se proceder à ligação de um novo troço de tubagem à rede em serviço, deve estabelecer-se a equipotencialidade elétrica entre ambos. 

     10 - Após a ligação da tubagem à rede existente e terminados todos os trabalhos complementares, deve proceder-se à deteção de eventuais fugas no troço em causa.

    Artigo 37º - Pesquisa de Fugas

     1 - Após a entrada em serviço das redes de distribuição, deve proceder-se à pesquisa de fugas em intervalos máximos de cinco anos.

     2 - Os intervalos entre os controlos consecutivos fixados no número anterior devem ser reduzidos nos troços que tenham apresentado fugas e nos casos em que as características da zona assim o aconselhem. 

     3 - Nos troços submersos e aéreos, a pesquisa de fugas fica ao arbítrio das concessionárias, devendo, todavia, ser efetuada com um intervalo máximo de dois anos.

    Artigo40º - Trabalhos de Reparação na Rede

    1 - Sempre que possível, devem as avarias nas redes ser reparadas sem interrupção do fornecimento de gás aos consumidores. 

     2 - Quando se configurem necessárias interrupções de fornecimento de gás superiores a vinte e quatro horas ou que afetem mais de 100 consumidores, deve a concessionária proceder ao pré-aviso dos consumidores abrangidos. 

     3 - Devem ser tomadas as medidas de segurança necessárias para a execução dos trabalhos de reparação. 

     4 - Sempre que tenha de proceder a reparações de emergência, a concessionária deverá adotar as medidas que os seus técnicos considerem necessárias em matéria de segurança na zona afetada, nomeadamente no que respeita ao trânsito, à permanência de pessoas e ao corte de energia elétrica, de acordo com o disposto no Decreto-Lei n.º 374/89, de 25 de Outubro.

    5 - Quando se verificar a situação referida no número anterior e a concessionária tiver de interromper o fornecimento do gás, deverá avisar de imediato e por forma eficaz os consumidores afetados. 

     6 - Nas intervenções a executar nas tubagens em serviço para substituição de um troço ou para ligação de tubagens novas, o corte provisório do gás deve ser feito com equipamentos adequados à pressão de serviço da rede. 

     7 - A obturação permanente das tubagens deve ser feita utilizando flanges cegas, salvo o disposto no número seguintes. 

     8 - Nas operações temporárias de manutenção, a obturação pode ser feita por meio de válvulas de corte ou de «balões», desde que sejam tomadas as necessárias medidas de segurança. 

    9 - Antes de se efetuar o corte de tubagens de aço ou de polietileno, deve proceder-se ao corte do gás e garantir-se a equipotencialidade elétrica entre os troços a separar. 

     10 - Antes de cada intervenção em tubos de polietileno, deve executar-se a ligação destes à terra, de modo a evitar a existência de cargas electroestáticas. 

     11 - As soldaduras a realizar nas intervenções referidas nos n.os 6, 7 e 8 só devem ser executadas se: a) O troço for obturado em cada extremo e completamente purgado com ar ou azoto; b) For mantido um fluxo de gás a uma pressão não superior a 40 mbar, com permanente controlo desta.

    12 - Nas reparações admite-se o uso de uniões deslizantes com dispositivos de aperto, desde que o modelo esteja aprovado por um organismo devidamente reconhecido. 

     13 - Os colares de reparação, os acessórios especiais, os sifões e outros dispositivos só podem ser soldados às tubagens em serviço na condição de o seu encaixe ter sido previamente guarnecido com meios de estanquidade inalteráveis com o calor. 

     14 - A purga das redes após as reparações deve ser efetuada em conformidade com o disposto nos n.os 2 a 6 do artigo 34.º